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terça-feira, 2 de julho de 2013

Mais vale sonhos voando que um conformismo na mão



Então os anos passam e você entende que boa parte de tudo que sonhou não vai acontecer. A maturidade te obriga a pagar contas, ter emprego fixo e garantir o fundo de garantia para uma velhice tranquila. Aos poucos, a bagagem dos sonhos começa a pesar e decidimos ir abandonando as vontades pelo caminho. Mudamos nossas atitudes e nos conformamos com o que a vida nos reservou. Alguns sentam e lamentam, outros relaxam e continuam querendo. Eu faço parte da segunda categoria. Posso adormecer um sonho, mas vira e mexe vou até ele e mostro que ainda estou aqui. Outras vezes finjo que esqueci da sua existência, mas o amarro bem perto pra ele não fugir. Muitos sonhos vão sobrevoar nossa vida e aqui do chão parecerão impossíveis de serem alcançados. Mas eu não desisto e estendo meu braço. Além disso, os obstáculos do cotidiano vão cortar as asas do nosso pensamento fazendo muito do que queremos tornar-se impossível. É verdade, pode ser que eu de fato não consiga chegar até eles, mas a confiança já faz de mim uma pessoa bem melhor.

Sempre existe uma janela

No final do túnel existe uma janela. Talvez você precise antes passar por uma sequência interminável de portas fechadas e treinar seus ouvidos para som da batida de cada uma delas, mas não deixe de caminhar. Eu sei que não tem a menor graça andar no escuro, e por não saber nada sobre o caminho, algumas vezes você irá tropeçar. Mas lembre-se, que é justamente essa coragem de andar por um lugar desconhecido e adquirir habilidade para se curar de cada tombo, que fará você começar a enxergar aos poucos frestas de luz. E pode não parecer, mas o som de cada porta se fechando um dia irá soar como música aos seus ouvidos. A canção de quem aprendeu a ler as esperas. De quem aceitou a partitura da fé e aprendeu a tocar as notas no momento adequado, na afinação de Deus.

Simples mente

Por fora, racional.
Dentro,
In verso.

Achados, mas não perdidos



O som do radinho de pilha, o cheiro do bolinho de chuva, a sensação do mertiolate no ralado do joelho. Sentada na calçada consigo sentir o sabor de cada lembrança. Benditas recordações que me cercam como em um abraço e me levam até um lugar radiante chamado saudade. Lá, o que eu fui segue intacto. Livre dos arranhões do tempo. Conservado por cada momento em que fui genuinamente feliz.

Aberta ao que a vida me dá

Aberta ao que a vida me dá,
Flertando com o que ela oferece.
Não quero roteiro, rasguei meu papel.
Improviso com aquilo que não sei.
Estou de caso com o acaso!

È preciso antes


Pra subir no conceito de alguém é preciso antes percorrer uma escada imaginária.
Um exercício que não exige força física, mas muita força de vontade.

Tateando o irreal

No meu imaginário é possível tocar o impalpável. A mente existe pra ser usada, pra alcançar aquilo que a realidade não consegue atingir. Se a rotina me prende, a imaginação me liberta. Não consigo viver apenas do óbvio. É a busca por algo novo que me movimenta. Que me transporta. Que me transforma. Que me inspira.

Tocar o improvável me faz menos previsível!

O que você disse?


Prepare um belo discurso. Gaste suas melhores palavras. Utilize todos os seus argumentos. Eu não consigo ouvir o que você diz.

Mais do que na força das palavras, eu acredito no poder das atitudes. Na grandeza dos gestos. Nas sutilezas das ações. Guarde seus dizeres para utilizá-los depois que fizer. Eles serão apenas um complemento.

Haja o que houver, aja.

Palavras quando não andam sincronizadas com nossos pés, não chegam a lugar algum. Não dizem absolutamente nada.

É na coerência das ações que a gente se encontra e o outro nos reconhece.
Ninguém pode viver preso em um discurso.

Ou seja,


Seja!

“O que você quer ser?”


Esperou ansiosamente a hora de crescer. Ouvia dos outros: “o que você quer ser?”, e já tinha a resposta na ponta da língua. Só faltava mesmo a tal hora chegar. Aquele momento em que você tem o controle da sua vida em mãos e aperta o play pra dar início a tudo aquilo que planejou. Fez o check em cada sonho, recapitulou um por um. Sabia de cor e salteado. De cabo a rabo. Nada poderia dar errado.


Era da turma dos ansiosos. Aquela galerinha que torce para o tempo parar passar. Perguntavam sua idade e a resposta começava sempre com sua palavra favorita: “vou”.

- Vou fazer 15.
- Vou fazer 20.

Estava sempre indo um pouco antes da hora. 

Mas de nada adiantou a pressa. Os anos passaram e o filme não seguiu o roteiro já escrito. Veio então a primeira cena diferente, o segundo take adaptado.

- Quem mudou o meu cenário?
- Essa história não é a minha.
- É?!?

Quando viu já estava no meio do caminho. Era meio da tarde. Ela meio confusa. Nenhum pensamento inteiro. Justo ela que odiava metades. Que era maníaca por preencher seus vazios. Que tinha TOC com horas vagas. Não sabia o que fazer com a lacuna deixada pelos projetos que não se cumpriram. Não tinha a menor ideia do que fazer com uma história construída pela rotina, não por seus desejos.

Sentia que era preciso se desprender do irreal para ter paz no palpável. E entender de uma vez por todas que nem sempre as vontades sobrevivem naquele famoso filme chamado realidade.

E concluir, antes que terminem a pergunta novamente. 

“O que você quer...?” 

...Me basta ser!

num estalo.



é infinitamente mais vagaroso do que aquele movimento de fricção dos dedos, mas às vezes parece mesmo que o tempo passa na velocidade de um estalo.

é começo de ano e quando vê já era natal. o despertador tocou, mas quando percebe anoiteceu.

assim seguem os dias: algumas vezes arrastados, na maior parte das vezes ninguém sente passar.

se o tempo é ágil ou se nós somos dispersos, não dá pra saber. mas se soubermos aproveitar esses minutos de lucidez que acontecem antes dos dedos se encostarem, os intervalos entre um estalo e outro terão valido a pena.

Nao vive

Nao vive quem se economiza,quem quer felicidade parcelada em 24 meses sem juros. Ser feliz nem está em pauta. O que está em pauta é a caça incessante ao que nos é essencial: ter paixões e amigos" - 

Na espera do amanhã

E sempre vão existir esses dias que a gente se sente pequena e frágil, se resumindo em nada...onde só algo incompreensível lá dentro ainda te fala baixinho: calma...força...respira...amanhã é outro dia!