Registro de experiências que movimentam minha existência, desfazendo malas emocionais e renovando esperanças
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quinta-feira, 7 de março de 2013
“Não sei como alguém consegue fechar a janela sem observar os tons do céu. Eu adoro quando é fim de tarde e as nuvens ficam meio rosadas, acho lindo. Me dá uma paz grande, daquelas que chegam metendo o pé na porta do coração, sem bater nem nada. A paz chega e se instala como se fosse de casa há tempos. É aí que eu vejo claramente: tem gente que desaprendeu a enxergar.”
Só as coisas boas deveriam modificar o nosso dia. As ruins deveriam cair
e quebrar o salto. Quando uma coisa ruim acontecer, pense na quantidade
de pequenas coisas boas que aconteceram. É difícil, eu sei. Mas acho
que é na base da repetição, na marra, no melhor estilo mantra que a
gente aprende. Tudo-ficará-bem-tudo-ficará-bem. Repita quando acontecer
algo ruim. Repita muitas vezes.
Tudo passa. Chico Xavier costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita: Isso também passa! Então perguntaram a ele o porquê disso, ele disse que era para que quando estivesse passando por momentos ruins, se lembrar de que eles iriam embora, que iriam passar, e que ele estava vivendo isso por algum motivo. Mas essa placa também era para lembrá-lo de que quando estivesse muito feliz, não deveria deixar tudo para trás e se deixar levar, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis viriam novamente. É exatamente disso que a vida é feita, momentos. Momentos que temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado. Nunca esquecendo do mais importante: nada nessa vida é por acaso.
Não vale a pena complicar. Responder. Bater a cabeça
na parede. Pagar R$1.000,00 por mês em terapia. Chutar pedra. Brigar
com o marido. Comer feito louca. Beber um monte. Inventar rancores.
Acumular trapos. Não vale. A vida é tão maior que isso.
Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na
frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe
faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor
suficiente. Há amor para todo mundo. Há amor para quem quer se conectar
com ele. Não perdemos quando damos: ganhamos junto.
Tem dias que não
estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop e nem por isso devemos buscar
pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites
para festas, em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que
quietude é armazenamento de força e sabedoria. Daqui a pouco a gente
volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor até que
venha a próxima, mostrando assim o quanto somos normais.
Tem gente que acha que faz falta, e de fato, admito
que faz um pouco. Mas logo passa. Algumas pessoas acham que eu não vivo
sem elas; acham que me tem na mão, inteiramente delas. Ah, por favor,
vamos criar consciência de que ninguém é suficiente pra ninguém aqui. Eu
sou suficiente pra mim mesma, e isso é o que importa.
O resto, ou faz
transbordar ou faz faltar.
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